sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Bauhaus | Parte 2 | A missão


A escola que estabeleceu os conceitos

do design funcionalista e

da didática desta nova atividade.

Depois da destruição causada pela Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918) na Alemanha, surgiu o desafio da reconstrução da economia do país. Em 1919, Walter Gropius, arquiteto, baseado na preservação do talento artístico individual, retoma a idéia da criação de uma escola, que não seria apena uma escola, mas uma quebra de paradigmas calçada pela integração do ensino à indústria. Surgia uma fábrica de idéias que fundia arquitetura, artes plásticas, artes gráficas,  design de móveis e utensílios, e tudo isso, harmonizando artesanato e o avanço tecnológico e, toda essa fábrica é impulsionada pela função pedagógica do artesanato.


Esse conceito cria o programa que alia o conhecimento, os instrumentos de trabalho e o processo produtivo, através da análise dos materiais, da observação das formas, das texturas, que trazem como resultado novos projetos e a concretização dos objetos. E o mais interessante disso tudo: a funcionalidade. Trocando em miúdos: O funcional pode ser construído com estética. E tudo isso é aplicado desde em um simples objeto mobiliário até na construção de um grande edifício.

A Bauhaus consolida definitivamente o significado do design industrial.

O ensino na Bauhaus

Esse é um assunto que me fascina, afinal passei os últimos 25 anos lecionando.

A metodologia adotada tinha um curso inicial onde o foco principal era a prática, ou seja, através de estudos os alunos se desenvolviam através da exploração das formas, dos materiais e das cores.  Esse curso inicial tinha um nome: Vorkus. Para prosseguir o aluno tinha, obrigatoriamente, que passar por esse processo.

O próximo passo seria a escolha de uma oficina específica. Todas elas eram baseadas na arte e na técnica, através da experimentação e da prática. A construção de protótipos era fundamental para que o aluno concretizasse toda a análise inicial dos elementos que envolviam a criação dos objetos.

O novo sempre incomoda e com a Bauhaus não seria diferente. Sofreu muitas críticas, mas sem dúvida foi um marco no design moderno, tanto na estética como na produção industrial e, até hoje, é uma referência para muitas escolas em todo o mundo.

Aguarde a parte 3!

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