A
escola que estabeleceu os conceitos
do design funcionalista e
da didática desta
nova atividade.
Depois da destruição causada pela Primeira Guerra Mundial
(1914 - 1918) na Alemanha, surgiu o desafio da reconstrução da economia do país.
Em 1919, Walter Gropius, arquiteto, baseado na preservação do talento artístico
individual, retoma a idéia da criação de uma escola, que não seria apena uma
escola, mas uma quebra de paradigmas calçada pela integração do ensino à
indústria. Surgia uma fábrica de idéias que fundia arquitetura, artes
plásticas, artes gráficas, design de
móveis e utensílios, e tudo isso, harmonizando artesanato e o avanço
tecnológico e, toda essa fábrica é impulsionada pela função pedagógica do
artesanato.
Esse conceito cria o programa que alia o conhecimento, os
instrumentos de trabalho e o processo produtivo, através da análise dos
materiais, da observação das formas, das texturas, que trazem como resultado
novos projetos e a concretização dos objetos. E o mais interessante disso tudo:
a funcionalidade. Trocando em miúdos: O funcional pode ser construído com
estética. E tudo isso é aplicado desde em um simples objeto mobiliário até na
construção de um grande edifício.
A Bauhaus consolida definitivamente o significado do design
industrial.
O ensino na Bauhaus
Esse é um assunto que me fascina, afinal passei os últimos
25 anos lecionando.
A metodologia adotada tinha um curso inicial onde o foco
principal era a prática, ou seja, através de estudos os alunos se desenvolviam
através da exploração das formas, dos materiais e das cores. Esse curso inicial tinha um nome: Vorkus. Para
prosseguir o aluno tinha, obrigatoriamente, que passar por esse processo.
O próximo passo seria a escolha de uma oficina específica. Todas
elas eram baseadas na arte e na técnica, através da experimentação e da
prática. A construção de protótipos era fundamental para que o aluno
concretizasse toda a análise inicial dos elementos que envolviam a criação dos
objetos.
O novo sempre incomoda e com a Bauhaus não seria diferente.
Sofreu muitas críticas, mas sem dúvida foi um marco no design moderno, tanto na
estética como na produção industrial e, até hoje, é uma referência para muitas
escolas em todo o mundo.
Aguarde a parte 3!
Nenhum comentário:
Postar um comentário