Por conta de espaço e de saúde, fui obrigado a desmontar
temporariamente meu atelier, ou espaço de pintura. Frustrado, não consigo ficar
sem exercitar minha arte, então apelei: reinstalei minha Tablet Wacom Bamboo e
resolvi exercitar a tal de pintura digital.
Para efetuar o exercício, busquei no velho e fiel mentor
Google, uma foto expressiva – achei uma de um vietnamita que me pareceu fácil
para reiniciar a pintura digital.
Inicialmente reforcei alguns detalhes da foto, para trazer
mais contraste e então, fiz um esboço rápido.
Sobre esse esboço, decidi trabalhar com pastel oleoso,
utilizando alguns dos pinceis específicos já encontrados nas bibliotecas do
Photoshop. Definida a técnica, apliquei uma layer com textura – dessa forma,
mesmo pintando, a textura se mantém. Não sabe fazer isso? Ensino em outro post.
Então iniciei a pintura que ficou conforme ilustrado a seguir.
Confesso que não ficou como esperado, pois queria que os
traçados ficassem mais agressivos – é coisa de estilo – sempre acabo tentando
chegar numa coisa tipo “acadêmica”. É difícil sair fora disso, mas penso que, com novos exercícios, vamos aprimorando a técnica. Pretendo redesenhar/pintar o
mesmo vietnamita pelo menos umas cinco vezes – publicarei aqui.
Concluído o trabalho, fiquei aqui a pensar sobre o valor da
pintura digital. Então, é uma arte válida?
Penso que em termos de arte, o uso da tablet permite manter
a essência do artista: o traço. Penso também que posso imprimir telas (sim,
hoje as plotters imprimem em tecidos muito similares a telas) num número
limitado, como se fosse uma gravura. Dessa forma, consigo vender mais unidades
a um preço bem mais acessível.
Então pergunto: - A Pintura Digital tem valor artístico?