quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Bauhaus - Parte 1



Penso que Bauhaus é mais que uma escola,
é uma referência da estética e do conceito clean,
afinal, é The Stijl!

     Em agosto de 2013, meu querido amigo, Maurício Maruo, regressou de sua estadia cultural e, por que não, aventureira, da terra dos cangurus – a Austrália. Antes de chegar ao Brasil, ele decidiu percorrer alguns países da Europa e fiquei muito surpreso quando, em nossa primeira Original, ele me presenteou com um lápis de cor do museu Picasso, Barcelona, Espanha, e com um marcador de livros da Escola de Bauhaus, situada em Weimar, Alemanha. E, em nossa conversa, ele disse:

     - Cara, agora entendo o seu design – é a cara de Bauhaus – você precisa ir até lá!

     Fiquei super lisonjeado, afinal, sempre trabalhei meu design gráfico de forma organizada, marcada por grids e sempre preservando áreas de respiro com grandes manchas brancas.  Além disso, os artistas fundadores da Bauhaus, sempre foram para mim uma grande incógnita no que se refere a arte – sempre tive tendências acadêmicas amarradas ao renascimento e confesso que me sinto, muitas vezes, travado em minha pintura por isso. Michelangelo e Caravaggio foram meus mestres do desenho, da luz, da sombra e isso se complicou ainda mais depois que conheci Frank Frazetta. Entender o grafismo pictórico dos artistas da Bauhaus me era complicado e até mesmo complexo.



     Bauhaus e sua história, seus personagens e sua contribuição para as artes, vão além do design gráfico, de interiores, da arquitetura, etc. A importância da linguagem estabelecida pela tipografia e pela harmonia das cores, é até hoje uma referência para aqueles que buscam se comunicar de uma forma harmoniosa e limpa e, é isso que pretendemos relatar aqui de forma direta e objetiva.


     O abstracionismo pode ser organizado e limpo!